Carta Sindical Europeia dos Inspectores da Educação
- Categorias Notícias
- Data Março 30, 2022
O Sindicato dos Inspetores da Educação e do Ensino (SIEE), vai realizar o seu XI Fórum Nacional, no Hotel Alambique de Ouro, no Fundão, entre 31 de março e 2 de abril.
O ponto alto será no dia 1 de abril, data em que será assinada a Primeira Carta Sindical Europeia dos Inspetores da Educação, com a presença dos sindicatos de inspetores da educação subscritores – de Portugal (SIEE), Espanha (USIE), França (SI.EN-UNSA), Inglaterra (FDA) e Eslováquia (ODBOROVÝ ZVÄZ). A Carta será entregue, no dia 9 de maio, no Parlamento Europeu.
A ideia para a criação desta Carta Sindical Europeia partiu do nosso Sindicato e foi acolhida e desenvolvida com entusiamo e forte colaboração pelos sindicatos subscritores.
A ideia surgiu da necessidade de alertar a sociedade civil para o trágico e muitíssimo preocupante facto de as Inspeções da Educação em Portugal estarem a caminho da extinção, pela cada vez maior escassez de recursos humanos (tendo por referência o ano de 1998, hoje somos apenas 35% do número então existente) e pela não atratividade da carreira.
Dois exemplos muito claros: (i) dos 20 Inspetores (docentes com pelo menos 17 anos de serviço) que presentemente estão no período experimental, 15 (75%) já tomaram a decisão (se entretanto as coisas não forem alteradas) de regressarem às escolas, porque ganham muito menos como inspetores do que como professores; (ii) mesmo que avaliado sempre com “Bom”, um inspetor necessita de 100 anos como inspetor (a este tempo acresce o tempo de serviço anterior prestado como docente), para atingir um valor de vencimento que como professor atingiria com 34 anos de serviço.
As Inspeções da Educação desempenham um papel relevante e estratégico na qualidade e na equidade do sistema educativo e bem assim no controlo da despesa dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Educação (valor superior a 12.000 milhões de euros, cerca de 6 % do PIB).
O Sindicato tem desenvolvido todos os esforços institucionais, nomeadamente com os grupos parlamentares com assento na Assembleia da República, o Governo e a Presidência da República, no sentido da superação deste grave problema – e vamos continuar a desenvolver todas as diligências com o Governo. Não vamos desistir!
Next post